O aumento exponencial da Covid-19 e a falta de medicações comprovadas, bem como uma vacina vigente, torna essencial a busca de alternativas para auxiliar no tratamento de pacientes acometidos pelo novo coronavírus.

As iniciativas de transfusão do plasma convalescente, parte líquida do sangue, como uma alternativa de tratamento, foi uma estratégia utilizada em outras pandemias como a gripe espanhola e o vírus ebola, que resultou positivamente em pessoas contaminadas.

Com o cenário incerto da pandemia, pesquisadores ao redor do mundo iniciaram suas pesquisas embasadas em diretrizes oficiais para verificar a eficácia da utilização do plasma em pacientes com quadro grave da Covid-19.

Há alguns meses, a administração do Complexo Hospitalar Santa Casa, juntamente com o diretor técnico, Dr. Evandro Augusto Oss, a hematologista, Dra. Aline Kosinski e o responsável pelo Banco de Sangue, Dr. Frederico Boffo, estiveram em tratativas para a implementação do procedimento em tratamento de pacientes graves, infectados pelo vírus.

Foi elaborado um projeto, feita a procura de doadores e alguns plasmas passaram por análise. Desde o início de agosto, o hospital está apto a implementar o tratamento.

“Como tudo voltado a Covid-19 ainda é novo, não há uma total segurança de eficácia, mas tem sido um projeto científico que demonstra bons resultados no mundo inteiro e uma forma alternativa de tentarmos conduzir a situação e garantir a saúde de nossos pacientes”, pontua a direção técnica.

O que é o plasma?

O plasma é um dos componentes que corresponde à parte líquida do sangue, sendo composto por proteínas, sais e vitaminas, entre outros. Sua principal função é garantir o deslocamento de substâncias pelo corpo, como os nutrientes, por exemplo. Nele se encontram anticorpos, incumbidos de garantir a defesa do organismo.

 Como funciona o tratamento?

O tratamento com o plasma se dá de uma maneira passiva, ou seja, é feita uma transfusão de um anticorpo já existente em uma pessoa, em algum paciente que ainda não teve tempo hábil para formar o próprio.

No tratamento de combate contra o novo coronavírus, o componente será aplicado em pacientes triados, que estejam em um quadro grave e instável da doença e que se enquadre nos protocolos, desta forma, não será aplicado em todos que contraíram a doença.

Como é o processo de doação?

Os pacientes, neste primeiro momento, do sexo masculino, com idade de 18 a 60 anos, que tenham se recuperado da Covid-19, a mais de 30 dias, com comprovação da eliminação do vírus, que estejam produzindo anticorpos e que se enquadrem no perfil de um doador de sangue, estão aptos a contribuir.

Primeiramente, deve ser realizado um teste quantitativo de imunoglobulina classe IgG, para verificar se o candidato possui a quantidade suficiente de anticorpos circulantes para a transfusão nos receptores. Como a Santa Casa do Rio Grande não possui um laboratório quantitativo, apenas qualitativo, foi constituída uma parceria com o laboratório Lunav.

Após a análise dos resultados apresentados no teste e a aprovação, o doador deve fazer o agendamento no Banco de Sangue, através dos telefones (53) 3036.8832 e/ou (53) 3036.8833, para realizar a coleta e passar por testes para outras doenças e exigências preestabelecidas pelo local.
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Feita a coleta, haverá a separação do plasma e posteriormente, a classificação dos pacientes aptos a receber a transfusão.

 Por que é importante fazer essa doação?

As pessoas que irão fazer essa doação, passaram a experiência de viver com o vírus e conseguiram criar anticorpo combate-lo. Como não há tratamentos, medicações ou vacina, a solução é buscar alternativas. É uma atitude simples, que pode auxiliar na saúde dos pacientes e mudar um cenário inteiro.

🔹 Este é um projeto do Complexo Hospitalar Santa Casa do Rio Grande, sob coordenação da Dra. Aline Kosinski, em parceria com o Banco de Sangue e laboratório Lunav.
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Conscientize-se, faça sua parte.

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Por: Gislaine Rodrigues (Assessoria de Comunicação – Santa Casa do Rio Grande)

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